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O que levou à descoberta da Villa romana de Rio Maior, em 1983,  foram as referências existentes num livro sobre a história de Rio Maior, de Francisco Pereira de Sousa, onde ele nos relata que, no séc. XIX, um lavrador, ao lavrar o seu campo, puxou para fora da terra dois fustes de coluna em mármore, um deles com cerca de 4 metros de comprido, tendo ainda encontrado fragmentos de mosaico. Outro agricultor,  ao andar a cavar,  encontrou uma sepultura de tijoleira.

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As villas romanas poderiam possuir um território com cerca de 250 hectares, e nelas  poderíamos encontrar, entre outras coisas, vinhas, olivais, trigo, leguminosas, rebanhos de ovelhas e cabras, varas de porcos, e ainda bovídeos, matas para lenha, caça e produção  de mel.

História de Rio Maior
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Encontram-se vestígios da presença humana na região, tais como as descobertas arqueológicas nas grutas de N. Sra. da Luz, que remontam à pré-história, à época do Homo-Erectus. Como factores preferenciais nesta região, podemos apontar a existência da caça, clima ameno e ainda a existência de grandes quantidades de sílex, matéria-prima necessária ao fabrico de utensílios. De facto, nesta região foram também encontrados machados, vasos, furadoures de osso e outros utensílios de sílex.

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Em Rio Maior, outrora, fixaram-se romanos e árabes, conforme o provam os diversos vestígios encontrados por toda a região. Este povoado, contudo, perdeu-se por completo.

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Só no início da nacionalidade é que surgiu uma pequena aldeia na margem direita do rio Maior, que lhe deu o nome. Aos poucos esta povoação foi-se desenvolvendo.

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Foram vários os ilustres que marcaram a história de Rio Maior, nomeadamente o rei D. Fernando, D. João IV, D. Miguel e D. José I. Este ultimo criou, em 1766, o Hospital da Misericórdia de Rio Maior e a Feira Anual de Rio Maior, esta mesma Feira que ainda hoje se realiza, com a denominação de Feira da Cebola.

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A 6 de novembro de 1836, foi criado o Concelho de Rio Maior e foi elevada a cidade em 14 de agosto de 1985, por Decreto nº 36/85 de 14 de Agosto.

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De acordo com os censos (2001),  Rio Maior possui 21 mil habitantes, distribuídos por cerca de 15 freguesias.

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 Localização de Rio Maior
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O Concelho de Rio Maior está localizado no distrito de Santarém, integra a Sub-região da Lezíria do Tejo e, em termos turísticos, a Região de Turismo do Oeste. Está ainda localizado no Vale do Tejo e os seus pontos naturais são a Serra d’Aire e Candeeiros e o rio Maior, afluente do Tejo.

SOBRE

Rio Maior

Villa Romana

Minas do Espadanal

Igreja da Misericórdia

Loja do Rio

Cineteatro

Igreja Paroquial

Capela Nossa Sra. da Vitória

Salinas

Praça da República

Parque 25 de Abril (Jardim Municipal)

Palácio da Justiça (Tribunal)

Praça do Comércio

O edifício que chega até nós é, provavelmente, uma construção do século XVII,  muito marcada por um tipo de estrutura adaptada às vivências quotidianas de uma família rural abastada, em que se distinguem: um piso térreo para cavalariça e recolha de alfaias agrícolas; um piso superior para residência familiar.

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Tudo leva a crer que o Morgadio de Rio Maior, como muitos pelo país fora, tem origem na Guerra da Independência que, travada ao longo de 27 anos (1640-67), proporcionou a constituição de «Corpos de Milícias» que defendiam as regiões de incursões espanholas, bem como exerciam a autoridade de ordem pública. Terá sido na zona de Rio Maior  que esta teve a sua mais destacada missão.

Constitui o testemunho mais significativo do Barroco neste concelho e as suas origens remontam ao século XVI.

Na primeira metade do Século XVII, foi erguida uma Capela de invocação ao Espírito Santo, situada na então chamada Praça Velha, a qual possuía um Altar Mor em talha dourada e 3 altares laterais.

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Essa capela foi ampliada nos finais do século XIX, mais precisamente em 1898, sendo de supor que também a fachada fosse alterada, dando lugar à atual Igreja da Santa Casa da Misericórdia. Ali existe uma bela imagem do Senhor dos Passos, estando classificada como das melhores do país.

A Loja do Rio, inaugurada no dia 25 de abril, pela Câmara Municipal de Rio Maior, abriu as suas portas ao público no dia 16 de maio.

 

A loja situa-se junto à Casa Senhorial D'El Rei D. Miguel e pretende ser um espaço dedicado à promoção e venda de diversos produtos, como o azeite, o sal, os vinhos, os chás, as compotas e os bolos secos, entre outros, todos eles produzidos e confecionados no concelho de Rio Maior.

Na Praça do Comércio em Rio Maior existe um chafariz simples mas com bonitos painéis de azulejos.

Nestes azulejos estão representadas pontos de interesse  da cidade, como as Salinas, a Capela de Nossa Senhora da Vitória, o antigo largo da câmara municipal (praça da República) e pormenores da zona antiga de Rio Maior.

A Capela, datada do Séc XVII/XVII, encontra-se agora num local elevado, onde terá existido, de acordo com alguns relatos históricos, um Paço Senhorial Medieval. A área que poderá ver escavada é seguramente diminuta em relação à que seria ocupada por aquela construção, mas pelos panos de parede postos a descoberto, verifica-se que a estrutura sofreu uma série de ampliações. O Paço estaria construído de acordo com a topografia do terreno.

O TEATRO EM RIO MAIOR - tradição antiga

«Desde 1870, nas barreiras do sítio das amendoeiras, viria a construir-se, por ações subscritas, o velho edifício do Teatro Riomaiorense. A iniciativa partiu de uma comissão constituída por Emídio José de Oliveira, Dr. Bernardino Arde Soveral, José Carreira de Almeida, Francisco Henriques de Carvalho e Francisco Inácio Regalo. A construção foi lenta e feita por fases, funcionando com obras e bancadas improvisadas, também com o apuro de espetáculos por amadores e até com o trabalho voluntário de pedreiros e carpinteiros. Foi uma obra colectiva dos habitantes de Rio Maior».

 

Como se vê pelo excerto de texto a tradição pela arte de representação em Rio Maior é muito antiga, provavelmente tão antiga quanto o concelho. Daí que se tenha justificado a construção de instalações próprias, aparentemente precárias, mas que com tempo e persistência foram sendo melhoradas. Dez anos depois, em 1880 portanto, foi finalmente inaugurado o Teatro Riomaiorense. Tinha 15 camarotes, 16 frisas, 80 lugares de plateia e 50 de geral, apresentando ainda um amplo palco e diversos camarins.

Para além das esplanadas, abertas sobretudo no Verão, esta praça possui um Monumento de homenagem ao Agricultor, inaugurado em 1999 para comemorar a participação dos agricultores no regresso do movimento dos capitães aos mais puros ideais do 25 de Abril, em que o Futuro é carregado com um sorriso feliz e determinado, simbolizado numa criança, embalada na onda de prometedores ideais.

As pirâmides de pedra, rodeadas de água, representam as Salinas de Rio Maior.

Jardim Municipal que ocupa uma área de 17.889 m2. No início do Jardim,  e virado para a rotunda, encontra-se um Obelisco comemorativo do 1º centenário do concelho (1836 – 1936), em cuja pirâmide cimeira aparece o brasão do concelho em alto-relevo.

Inclui o Palácio da Justiça, obra de arrojada arquitetura para a época, inaugurada em 1961, da autoria de Formosinho Sanches, concebida, não em altura, mas em horizontalidade.

O Palácio da Justiça de Rio Maior está localizado no parque 25 de Abril.

Este edifício foi projectado em 1956 pelo arquitecto Sebastião Formosinho Sanches (1922-2004) e na sua época rompeu com a visão de grandiosidade que rodeava a justiça, propondo um equipamento à escala humana.

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O edifício continua a ser uma das mais notáveis obras de arquitetura realizadas no Concelho de Rio Maior e foi inaugurado a 30 de Abril de 1961 com a presença do Ministro da Justiça, Antunes Varela.

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A estátua (representa a Justiça) que se encontra junto à porta principal do tribunal é da autoria de António Augusto Lagoa Henriques (1923-2009) e foi inaugurada em conjunto com o Palácio da Justiça.

Casa Senhorial de D. Miguel

Paços do Concelho (Câmara)

Os Paços do Concelho são um  edifício de linhas arquitectónicas modernas construído nos finais da década de 1980.

Inaugurada em 1968, do arquitecto Formosinho Sanches, nave com capacidade para 3 mil pessoas, sendo mil lugares sentados.

A primeira extração de carvão em Rio Maior data de 1915, tendo sido pouco intensiva até ao início da II Guerra Mundial.

Já em 1916 foi feito o registo da Mina do Espadanal pela autoria de António Custódio dos Santos e deu-se a abertura do poço mestre.

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Em 10 de julho de 1922 os direitos de exploração mineira do Espadanal passaram para a Empresa Industrial Carbonífera e Eletrotécnica, Lda., e o Couto Mineiro do Espadanal foi finalmente demarcado a 10 de agosto de 1927.

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Mas, em 1969 a mina foi encerrada. E no ano seguinte a concessão mineira e os seus trabalhadores passaram a integrar a Companhia Portuguesa de Eletricidade. Em 1976 a maquinaria e todo o seu espólio foi removido ou vandalizado.

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A boa fase da mina chegou a empregar 1500 pessoas e chegou a possuir uma ligação privativa através de caminho-de-ferro ao vale de Santarém. O cais ferroviário da mina era onde se situa atualmente o Pavilhão Multiusos de Rio Maior.

Na área concessionada e para além das grandes estruturas envolventes à fábrica de Briquetes, central termoelétrica e entrada da mina, a empresa funcionada com três polos:

Pólo do Espadanal que foi construído em torno do poço mestre de acesso à mina onde se encontravam os edifícios de refeitório, posto médico, serralharia, carpintaria, oficina elétrica, ferramentaria, armazém, escritórios e serviços administrativos.

Pólo de Bogalhos no qual existia o sistema de bombagem para drenagem das galerias, a primitiva central elétrica e as casas dos operários.

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Pólo de Abum que era um núcleo de extração e processamento deste minério.

Atualmente o Complexo Mineiro do Espadanal encontra-se abandonado mas devido ao seu historial continua a ser um ponto de interesse de Rio Maior.

As Salinas situam-se a cerca de 3 km de Rio Maior. Rodeadas de arvoredo e terras de cultivo,  são consideradas uma maravilha da natureza, uma vez que o mar fica a 30 km.

O conjunto apresenta-se como uma minúscula aldeia de ruas de pedra e casas de madeira, junto à qual se destacam uns curiosos tanques de formas e dimensões irregulares, que a partir da Primavera se enchem de água salgada dando origem a alvas pirâmides de sal.

Âncora 1
Âncora 2
Âncora 3
Âncora 4
Âncora 5
Âncora 6
Âncora 7
Âncora 8
Âncora 9
Âncora 10
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